16 novembro, 2006

A componente educacional

Em tempos não muito distantes dizia-se que o futebol era uma escola de virtudes. Continuamos a pensar que ainda hoje o é.
Na nossa óptica os protagonistas deverão ser unicamente os praticantes. Aos outros agentes (dirigentes, técnicos, árbitros, simpatizantes e associados) compete tudo fazer para que assim seja.
Trata-se de uma questão educacional.
O futebol deve ser uma festa, onde impere o respeito e a admiração por todos aqueles que, mesmo esporadicamente, nos tenham levado a melhor.
A todos é pedido que se respeitem.
Tudo isto, a propósito dos insultos a que estão sujeitos todos os agentes envolvidos na matéria, nomeadamente as equipas de arbitragem.

É comum ouvir dizer que o árbitro não pode ter ouvidos.
Todavia, é-nos pedido que também usemos de urbanidade e civismo. Também é verdade que não há memória de um jogo de futebol que tenha sido feito sem insultos aqueles a quem compete fazer cumprir as leis do jogo. No entanto é nossa obrigação deixar aqui um alerta para alguns comportamentos que não dignificam ninguém.
Ojornalinho nasceu do OBSC/junior e não pode passar ao lado desta problemática. Cada vez mais é preciso saber estar.
Veja-se o que um árbitro, em tempos antigos, exarou no relatório de um jogo em que participou uma equipa do OBSC «Durante o jogo, público simpatizante ao OBSC, dirigiu-nos permanentemente insultos do seguinte teor: Grandes filhos da p...; Chulos do c...; Seu cabrão, vais-te f..., Vamos-te fazer a folha; Quando apareceres em Oliveira do Bairro vais-te f...; No final do jogo levas nas trombas; Boi; Só vês para um lado;»
Parece-nos que não devemos confundir, um ou dois simpatizantes que possam ter este tipo de comportamento, com o restante público que se porta de forma ordeira e bem educada. É injusto que se generalize.
Agora, é de elementar justiça, reconhecer que o tipo de vocabulário usado não dignifica a instituição a que pertencemos e só será penalizante para todos nós. Já os nosso avós diziam que não é com vinagre que se apanham moscas e que quem semeia ventos, colhe tempestades.

Daqui lançamos um desafio.
Quando algum dos nossos simpatizantes tiver um comportamento menos aconselhável, vamos sensibilizá-lo para as obrigações que também tem perante o clube e perante a sociedade a que pertence.
Pedagocicamente e com persistência, vamos abraçar mais este "novo desafio comum" e esperar que as vitórias também aconteçam neste campo.
Ser educado e portar-se com civilidade, é possuir e colocar em prática um conjunto de formalidades que os cidadãos observam entre si, quando bem educados, independentemente do local, hora ou circustância em que se encontram.
Também neste desafio, vamos gritar bem alto para podermos ser ouvidos: "Vencer, Vencer, Vencer - Falcões, Falcões, Falcões ".